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Deixe-me voltar por um momento para a década de 1970 em nosso quintal polonês, onde devido às condições locais (comunismo) o acesso a sapatos de escalada modernos era bastante difícil, vamos adicionar preços inatingíveis. O Pólo, no entanto, consegue fazê-lo e para escaladas difíceis foram utilizadas rolhas, dedicadas ao futebol. Tal sapato inicialmente passou por modificações necessárias, como cortar as tachas dianteiras e colar as pontas com micro borracha.

Quando você pega um equipamento de escalada e confere as datas das subidas, as dos anos 70 provavelmente foram conquistadas com esse tipo de calçado. Os Korkers, devido à sua disponibilidade e preço, foram populares na Polónia durante muito tempo. Hoje é uma raridade, mas quando comecei (em 2006) havia “avós” esporádicos nos engarrafamentos de Sadystka (Zakrzówek em Cracóvia), que podiam embaraçar muitos adeptos da escalada.

Portanto, quando você reclamar que não fica na escada em seu Miuras novinho em folha por quatro ou quinhentos nos clássicos, pense nos caras que fizeram essas estradas nos engarrafamentos. O ano de 1981 foi um avanço, graças ao modelo Fire da pouco conhecida empresa Boreal.

Miguel Angel Gallego trabalhava lá e teve a ideia de usar a borracha usada em pneus de carros de corrida e aviões a jato em calçados de escalada. Foi assim que o composto Super Friction foi criado. Não consegui encontrar nenhuma informação sobre esse composto de borracha em lugar nenhum. Ouvi algo sobre misturar borracha e resina com fricção adequada, mas não tenho certeza.